
Dia da Pizza: abertura de novos negócios cresce 9,5%

Farinha de trigo, sal, açúcar e fermento são os ingredientes para elaborar uma pizza. Mas, para transformar o alimento em um negócio, a receita exige uma pitada extra de coragem e o apoio do Sebrae na hora de expandir as vendas e o faturamento. Somente em 2024, o setor de pizzarias teve um crescimento de 9,5% na abertura de novas empresas e registrou o menor número de fechamentos desde 2017. De acordo com a Associação Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra), o país é o segundo no mundo a consumir mais pizzas, com mais de 5 milhões de unidades por dia.
Neste Dia Internacional da Pizza, celebrado nesta quinta-feira (10), *a marca é de 63,5 mil pequenos negócios do ramo, segundo a associação Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra) – sem contar os microempreendedores individuais.
Para se manter neste setor que é forte e possui grande concorrência, a principal orientação é investir na fidelização do seu cliente, com uma oferta de produtos de qualidade, além de possibilitar algum tipo de experiência positiva para o consumidor retornar.
Jane Blandina da Costa, analista de Competitividade do Sebrae, Jane Blandina da Costa.
“O atendimento é o diferencial que faz com que o cliente se fidelize ao pequeno negócio”, completa. A Pizza Pátio Delivery é uma dessas empresas preocupadas em ter um diferencial. O pequeno negócio, localizado em Teófilo Otoni (MG), é conduzido pelo casal Christiano e Ana Flávia Lima e foi iniciado em 2020, durante a pandemia. O intuito era levar um pouco mais de afeto e uma pizza de qualidade para a casa das pessoas.
“A parceria com o Sebrae vem enriquecendo ainda mais nosso trabalho. Eles têm uma assessoria de qualidade que não poupa esforços, com profissionais extremamente capacitados, para potencializar o que já é bom. Com o apoio do Sebrae, conseguimos otimizar lucros sem perder a qualidade”, comenta Christiano, que tem recebido várias dicas relacionadas ao marketing digital, à assessoria financeira e até à elaboração das receitas.
O pizzaiolo orienta os empreendedores que querem começar neste setor. “A dica é: nunca parem de estudar, de se qualificar. Com o apoio de uma grande instituição como o Sebrae, você pode alavancar não só bons negócios, mas motivar outros empreendedores que, muitas vezes, atravessam dificuldades e se veem frágeis”, comenta.
Recomeço no negócio e na vida
Empreender no ramo das pizzas tem sido, de fato, o caminho para superar as dificuldades para Esmeralda Aparecida, de 55 anos, que mora no Bairro Padre Eustáquio, em Divinópolis (MG) – a quase 600 quilômetros de distância de Christiano e Ana Flávia. Nos últimos anos, a microempreendedora individual (MEI) viu sua lanchonete chegar à beira da falência, o que a levou à depressão e a recaídas no alcoolismo.
Um dos primeiros locais onde Esmeralda pediu ajuda foi no Sebrae, com o apoio do marido, Narciso. “Queria dar a volta por cima. Foi então que a consultora do Programa Comunidade Empreendedora ouviu a minha história e analisou o perfil do nosso bairro, e vimos que o que faltava no Padre Eustáquio era uma pizzaria. Já tinha habilidade e o que eu fiz foi voltar a me dedicar a isso”, comenta a empreendedora.
As pizzas têm me ajudado no meu tratamento, são uma terapia para mim. Se não fosse o Sebrae, eu teria desistido de tudo, até da minha vida.
Esmeralda Aparecida, empreendedora.
Foi assim que, no primeiro fim de semana de funcionamento, a empreendedora vendeu 15 pizzas. Hoje, quase quatro meses depois, a produção da lanchonete quadruplicou e eles vendem, em média, 60 unidades por fim de semana, sem contar as minipizzas. “O Sebrae me fez acreditar que era possível recomeçar”, comemora Esmeralda, que tem feito conexões com outros empreendedores para fazer a empresa crescer ainda mais.
O projeto Comunidade Empreendedora, do Sebrae de Minas Gerais, e do qual Esmeralda participa, tem o objetivo de desenvolver o empreendedorismo em comunidades. O foco está em negócios formais e informais em comunidades periféricas de Minas, no trabalho de apoiar os pequenos negócios na gestão, precificação, redes sociais e participação em feiras, além de ajudar a mudar a realidade desses empreendedores.
Fonte: Contábeis